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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Terra


Amigo vou contar-te um conto
Que te vai arrepiar
Um conto que é um pesadelo
Que à noite me vem assombrar

Havia uma Terra de rios vermelhos
De tanto sangue derramado
De lutas inúteis e tristes
Entre amigos que se tinham amado

Havia fome e escaravelhos
A passear sobre os famintos
Sem ninguém querer saber deles
A beberem brancos e tintos

Havia choro, havia gritos
Que estremeciam as casas
E dos andares de cima
Nem espreitavam pelas vidraças

Ninguém sabia quem era
Nem o que vinha fazer
Mas eram quase todos egoístas
Pelo ouro sujo trocavam viver

Havia mães matando filhos
E filhos matando pais
Eram todos irmãos
Eram quase todos iguais




Nada se sabia sobre o caminho
Que havia percorrer
Não se sabia se se existia
Ou se se ia desaparecer

Os habitantes desta Terra
O destino sufocava
Sem puderem mudar de rumo
Rumo ao abismo caminhavam

Que inferno dirás tu
Sobre o que estou a contar
Sufoca-nos a garganta
Só de imaginar

Agora que imaginaste pára
Pára para pensar
Olha e vê a realidade
Sentes a garganta a sufocar

Acorda e vê também
O pesadelo que eu vi
Esta Terra não é sonho
Esta Terra é aqui

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