Tenho medo do escuro
Tenho medo de não ver
Andar a apalpar, inseguro
Esvaziar-me sem querer
Estou numa sala rodeado de ar
Ar que a luz não penetra
Observo o quarto escuro
Mas não vejo mais que a porta aberta
Está aberta mas nada se vê
Apara além da dobradiça
A luz chega mas não volta
Até parece ter preguiça…
Estou nesta sala de estar
De uma só porta e sem janelas
Sem telhado, sem luar
Sob a luz apagada das estrelas
A luz dos candeeiros pendurados
Que não se sabe de onde vem
Chega a porta do quarto
E nem a porta se vê bem
Vou caminhando para lá
Sempre com medo de entrar
Não com medo do que lá está
Mas do que possa lá não estar
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