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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Sentado no trono da minha cama

Sentado no trono da minha cama
Vejo a caneta escrever
Sinto a sorte que é a chama
Que alegre vejo arder

Gosto do seu calor
E de a poder sentir
Mas ao mesmo tempo
Vê-la suave fluir

A chama quentinha
Que sabe a colo de avó
Mas sabe a teoria de Descartes
E o meu feliz é feliz
    Só

E vou sentir eu a ver-me
Sozinho rodeado de gente
Rei do meu trono sem subditos
Rei que pensa e sente

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